O a Priori (Ou Tédio) Em Endgame Como Crítica da Realidade, da Arte e da Filosofia

Kínesis - Revista de Estudos Dos Pós-Graduandos Em Filosofia 5 (9):78-93 (2013)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Trata-se de compreender a importância do tédio na obra teatral Endgame (1957), de Samuel Beckett, a partir do ensaio “Tentando entender fim de partida” (1958), de Theodor W. Adorno. Como veremos, Adorno vislumbra na obra beckettiana um importante ponto de referência de uma virada estética que põe em xeque a realidade, a filosofia e a própria arte. Partindo do tédio moderno como elemento estruturante de sua obra, Beckett traz à tona o malestar objetivo do esclarecimento como impossibilidade de significado na vida humana em um mundo totalmente desencantado. Na era da falência da metafísica, as categorias tradicionais da filosofia (o universal e o imutável) e da arte (coerência, hermeticidade e necessidade), devedoras de um esteio metafísico para até então se sustentarem, tornam-se insuficientes para compreender criticamente a realidade perante a predominância de um novo paradigma ontológico que assombra a humanidade: o incontestável tédio da existência em uma realidade sem mistério e transcendência. È justamente esse o ponto crítico que Beckett toma como mote de sua peça para instigar a arte e a filosofia a repensarem a possibilidade de resistência ao estado de coisas imperante.

Other Versions

No versions found

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 103,388

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Analytics

Added to PP
2024-11-08

Downloads
3 (#1,867,272)

6 months
3 (#1,061,821)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references