Abstract
Na sua crítica ao materialismo (no qual inclui o positivismo, o monismo materialista e o transformismo) o Padre Santana começou por mostrar quer as debilidades epistemológicas e as limitações intrínsecas do conhecimento científico quer a índole metafísica dos princípios racionais e do experimentalismo. Seguidamente, passou à análise do conceito de matéria e das suas propriedades, concluindo que estas não só são abstractas e metafísicas mas contingentes e hipotéticas, exigindo como razão suficiente e última, a existência dum Ser primeiro ou Deus. Quanto ao positivismo e ao monismo, mostrou a inverificabilidade dos seus pressupostos, o apriorismo em que se baseavam, o relativismo das suas conclusões. Enfim, o transformismo é por ele refutado, argumentando com a teologia cósmica e com as diferenças (intelectual, moral e religiosa) entre o homem e o animal. /// Dans sa critique au matérialisme (dans lequel il inclut le positivisme, le monisme matérialiste et le transformisme) le Père Santana a commencé par montrer les faiblesses épistémologiques et les limitations intrinsèques de la connaissance scientifique aussi bien que le caractère métaphysique des principes rationnels et de l'expérimentalisme. Ensuite il se tourna vers l'analyse du concept de matière et de ses propriétés, en concluant que non seulement elles sont abstraites et métaphysiques, mais contingentes et hypothétiques, exigeant comme raison suffisante et dernière l'existence d'un Être premier c'est-à-dire Dieu. Quant au positivisme et au monisme le Père Santana a montré l'invérifiabilité de leurs présuppositions, l'apriorisme sur lequel ils se basaient, ainsi que le rélativisme de leurs conclusions. Finalement il réfute le transformisme avec l'argument de la théologie du cosmos et des différences (intellectuelles, morales et religieuses) parmi l'homme et l'animal. /// In his criticism of materialism (in which he includes positivism, materialist monism and transformism) Father Santana showed first both the epistemological weaknesses, the intrinsic limits of scientific knowledge and the metaphysical nature of rational principles and of experimentalism. He then analysed the concept of matter and its properties and concluded that these are not only abstract and metaphysical but also contingent and hypothetic, thus requiring the existence of a first Being or God as ultimated and sufficient reason. As to positivism and monism, he showed the unverifiability of their presuppositions, their aprioristic basis, the relativism of their conclusions. He finally refuted transformism both on the basis of cosmic teleology and of the differences (intellectual, moral and religious) between man and animal.