Abstract
O objetivo deste artigo é investigar a filosofia do diálogo, de Martin Buber, e a ética da alteridade, de Emmanuel Lévinas, como propostas filosóficas de mudança de paradigma em relação à alteridade e sensibilidade. Almeja-se expor as aproximações e divergências entre os pensamentos dos filósofos para, na sequência, analisar sua influência sobre o trabalho de Enrique Dussel. Trata-se de pesquisa qualitativa, que emprega a técnica de pesquisa bibliográfica e se divide em três momentos, cada qual representado por um dos autores elencados neste estudo. Como conclusão, destaca-se que ainda que tanto o pensamento levinasiano quanto o buberiano representem formas distintas (ainda que, em diferentes passagens, aproximadas e quiçá comparáveis) de entender a alteridade, Dussel parece reagir mais vividamente à influência de Lévinas, cujas reflexões constituem uma crítica à lógica do eu egocêntrico.