Abstract
A ideia de beleza - e sua consequente fruição estética - variou conforme as transformações das sociedades humanas, no tempo. Durante a Idade Média, coexistiram diversas concepções de qual era o papel do corpo na hierarquia dos valores estéticos, tanto na Filosofia quanto na Arte. Nossa proposta é apresentar a estética do corpo medieval que alguns filósofos desenvolveram em seus tratados (particularmente Isidoro de Sevilha, Hildegarda de Bingen, João de Salisbury, Bernardo de Claraval e Tomás de Aquino), além de algumas representações corporais nas imagens medievais (iluminuras e esculturas), e assim analisar o tema em três vertentes: a) o corpo como cárcere da alma, b) o corpo como instrumento, e c) o corpo como desregramento. The concept of beauty, and its consequent aesthetic enjoyment, has varied according the transformations of human societies over time. During the Middle Ages there were different conceptions, in both philosophy and art, of what the role of the body is in the hierarchy of aesthetic values. Our purpose is to present the aesthetic of the body that some medieval philosophers developed in their treatises (especially Isidore of Seville, Hildegard of Bingen, John of Salisbury, Bernard of Clairvaux and Thomas Aquinas), as well as some bodily representations of medieval images (illuminations and sculptures). We thus examine the issue in three ways: a) the body as a prison of the soul, b) the body as an instrument, and c) the body as degradation