Abstract
Busca-se, com este artigo, discorrer sobre a noção de sabedoria trágica apresentada no último período da filosofia de Nietzsche, no qual o dionisíaco será reafirmado como elemento essencial na compreensão da existência como trágica, não mais necessariamente sob uma justificativa estética, mas a partir da compreensão do eterno retorno como condição do devir. Desse modo, Nietzsche passa a conceber uma existência trágica que consistirá na afirmação mais sublime à vida em toda sua estranheza e inesgotabilidade, afirmada no próprio vir a ser da existência como possibilidade de criar a vida artisticamente.