Abstract
Todo ato da vida passa pelo mental, diria Nietzsche (GM); e, tratar do psíquico é, necessariamente, falar em sexualidade (por meio dos impulsos) – defende Freud. Partindo desses dois pressupostos, surge o problema: será a vontade de potência a raiz dos instintos de vida e de morte? As duas construções teóricas parecem se aproximar, e, no entanto, possuem finalidades distintas. Em uma linha freudiana, a mobilização instintual se daria em nome do prazer, enquanto que, para Nietzsche, o objetivo de todo impulso é sempre a obtenção de mais poder (expansão das forças que compõem a vontade de potência). Em sendo assim, através de uma metodologia bibliográfica e de uma análise de dados qualitativa, o presente trabalho pretende expor, a título de objetivos específicos, contornos iniciais, de um lado, sobre os instintos freudianos, e, de outro, considerações aproximadas sobre a vontade de potência. A título de objetivo geral, procura analisar como essas duas construções teóricas se fundem, buscando verificar as possibilidades de criação teórica de um possível “caminho do meio”: uma aproximação das duas finalidades em um só ato – obtenção de prazer e aumento de poder.