Cognitio 24 (1):e61812 (
2023)
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Abstract
Este artigo tem como objetivo rever a crítica que Peirce faz a uma definição de abdução como uma relação de probabilidade a partir das características. Parece consensual entre seus comentadores que, de fato, essa definição não se adequa ao conceito peirciano. Contudo, este artigo defende que não há uma desarmonia entre abdução e uma relação de probabilidade. Ao contrário, será defendido que, sendo a abdução composta de formação e seleção de hipóteses, essa relação de probabilidade poderia ter uma função na parte de seleção de hipóteses. Para isso, será apresentada uma definição básica de abdução, seguida da proposta de relação de probabilidade entre características. As críticas a essa proposta serão apresentadas e será evidenciado que não se sustentam, abrindo, assim, a possibilidade da permanência dessa característica no conceito de abdução peirciana.