Abstract
Tendo em vista a emergência do pensamento ecológico em tempos do atual cenário antropocênico, o presente artigo procura refletir acerca da relação entre os seres vivos e o capitalismo, de modo a corroborar um conflito termodinâmico que permeia entre eles, tendo a entropia como mediação. Deste modo, constitui-se, por um lado, os sistemas abertos, que são capazes de trocar matéria e energia com o meio e, assim, esfriar seu sistema, de modo a impedir ou desacelerar sua autodestruição entrópica; e por outro, os sistemas isolados, que não trocam energia e matéria com o meio e, por isso, alimentam e antecipam a morte térmica do seu sistema. Sendo assim, apresentam-se dois cenários antagônicos sobre a entropia: primeiramente, parte-se do ponto de vista da entropia enquanto elemento evolucionário da vida, visto que é responsável pela autossustentação de organismos vivos, e nesta atividade, mantém o fluxo entrópico entre o sistema e o meio; e, inversamente, coloca-se sobre perspectiva do caráter antropocênico da entropia, que, a partir do capitalismo, acelera a flecha entrópica do tempo e desenvolve, portanto, a luta pela existência entre o sistema econômico e o ecossistema. Neste sentido, fala-se, no presente trabalho, sobre a tensão entre os dois sistemas e sua relação com o colapso ambiental.Palavras-chave: Sistemas; Termodinâmica; Biosfera; Economia; Entropia.