Heidegger e a filosofia do salto
Sofia 8 (2):31-49 (
2020)
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Abstract
O intuito deste texto é fazer uma abordagem fenomenológica a respeito da terceira juntura das Contribuições à filosofia. Buscamos discutir de que modo o salto é uma forma de passagem do primeiro princípio do pensamento ao outro princípio do pensamento em seu profundo velamento). O salto é irrepresentável, não é passível de ser modulado por nenhum cálculo ou representação do ente, uma vez que saltar, segundo as meditações de Heidegger, indica lançar-se em uma via totalmente outra do percurso ôntico seguido pela metafísica em toda a história ocidental. O salto é o deslocamento do ser-aí da zona da entidade rumo ao acolhimento da recusa do ser. Nesse sentido, o ser-aí recepciona o fundamento na sua mais singela e profunda vigência, isto é, como o Nada do ente e como fosso abissal.