Abstract
O presente artigo visa investigar se a afirmação eu sou, eu existo, presente no quarto parágrafo da Segunda Meditação, expressa única e exclusivamente uma existência, ou se é a expressão, também, do conhecimento sobre o que é o Eu que se descobre existente. Para tanto, além dos textos cartesianos, serão abordadas algumas linhas interpretativas que se ocupam desta questão sobretudo as teses de Alquié, Frankfurt e Marion. A partir da discussão realizada, pretende-se defender que o eu sou, eu existo expressa, concomitantemente, o conhecimento da existência do Eu e o conhecimento de que o Eu existe como ser pensante.