Abstract
Resumo: Neste artigo, procura-se evidenciar que a genealogia nietzschiana representa um conceito novo para a história da filosofia, que ela não deve ser confundida com a “filosofia histórica” de Humano, demasiado humano, mantendo antes uma identificação não utilitarista da história e da filosofia. Com isso, a genealogia dá origem a um tipo original de narrativa em que Nietzsche finalmente resolve satisfatoriamente uma de suas preocupações mais antigas, na medida em que a genealogia celebra o casamento da especulação e do empirismo à igual distância da história dos historiadores, das filosofias da história e da pseudo-história dos empiristas.: This article aims to show that the Nietzschean genealogy represents a new concept for the history of philosophy, that it should not be confused with a historical philosophy, maintaining instead a non-utilitarian identification of history and philosophy. I show how it gives rise to an original type of narrative in which Nietzsche finally satisfactorily resolves one of his oldest concerns, as genealogy celebrates the marriage of speculation and empiricism at an equal distance from the history of historians, of the philosophies of history and pseudo-history of empiricists.