Abstract
Entrevistas-confissão tem exercido, na mídia, o papel de confessionário da sexualidade de sujeitos públicos, fazendo do armário, um lugar impróprio e impossível de permanecer. Para pensar essa reflexão, dialogamos com conceitos foucaultianos que versam sobre corpo (2017), sexualidade (1988), veridicção (2014), confissões (1988) e parresía (2011). A partir de uma análise do dito do, então, governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), no programa Conversa com Bial, e da entrevista da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), para revista Marie Claire, concluímos que a saída do armário se tornou um processo biopolítico, em um confessar sobre si publicamente. A mídia é um confessionário; as plataformas midiáticas, o genuflexório no qual nos ajoelhamos.