Abstract
Gostaria, aqui, de comparar dois modos de argumentar acerca do sonho: o de Descartes nas MeditaçõesMetafísicas, o de Berkeley nos Três Diálogos. Os dois filósofos se defrontam com um elemento fundamentalna nossa experiência de homens em vigília, a exterioridade ou outness: tanto a percepção sensívelquanto o conhecimento físico nos dão a conhecer corpos exteriores uns aos outros e exteriores a nóspróprios. Ambos os filósofos, para pôr à prova essa exterioridade e interrogar sua natureza, sua origem eos limites de sua validade, recorrem a uma de nossas experiências habituais, a do sonho.