Abstract
O objetivo da pesquisa é apresentar embates e discutir perspectivas sobre a atualidade do conceito de indústria cultural para analisar o uso do smartphone e seus derivados e sua relação com a compreensão leitora e a construção de sentido. A questão que norteia a pesquisa é: Após o término da educação básica e diante do uso constante da linguagem imagética presente nos conteúdos acessados pelos smartphones e seus derivados, é possível o sujeito fazer uma leitura, de forma crítica e dialética de, por exemplo, uma charge? Em que medida, isso poderia ocorrer? A hipótese da pesquisa é que, ao realizar a leitura no aparato, a palavra perde relevância comparada à imagem que é percebida, visualizada, mais do que pensada/entendida e o seu conceito se reduz a uma função icônica. Por isso, o campo semântico se limita a associações automáticas e, dessa forma, operacionalizam-se as leituras. A pesquisa empírica realizada foi desenvolvida com a participação de estudantes com idades entre 17 e 19 anos, ou seja, que já concluíram a educação básica e ingressaram em uma universidade. O instrumento de pesquisa aplicado foi uma questão escrita a partir de uma charge com um assunto vinculado ao dia a dia dos participantes e, uma entrevista previamente formulada.