Cognitio 22 (1):e53430 (
2021)
Copy
BIBTEX
Abstract
Neste artigo defendo uma interpretação pluralista para a teoria do significado de Peirce quando aplicada a termos gerais que fazem referência a tipos naturais ou, como recentemente estabelecido no debate contemporâneo, termos de tipos naturais. Conduzido por uma análise dos escritos de Peirce, podemos encontrar uma teoria confiável e promissora para esta ampla categoria de termos. Orientando-se por leitores privilegiados da filosofia de Peirce, duas posições principais são identificadas e comparadas por via do método pragmático. A partir das conclusões desta comparação, encontramos fortes razões para selecionar a posição pluralista moderada, enfatizando a teleologia dos agentes cognitivos em detrimento de causas finais. Esta leitura de Peirce não é apenas fortemente naturalizada, mas também se apresenta como uma abordagem instrumentalista à filosofia da linguagem. A leitura pretende lançar luz sobre algumas das principais reivindicações deste que é um autor estratégico, em especial, quando confrontado com a discussão contemporânea em torno dos TTNs. O tratamento de Peirce aos termos gerais é enriquecido por novas pesquisas empíricas em ciências cognitivas e biossemiótica. Todo o trabalho tem uma dívida especial com estudos recentes em computação cognitiva que introduziram o conceito de aptidão semântica para modelar um nível ótimo de abstração para produzir representações mais significativas em um determinado domínio ontológico, classificando objetos particulares de forma dinâmica e progressiva. Esta noção é introduzida para uma interpretação efetivamente evolucionária da teoria dos termos genéricos de Peirce e na exposição das vantagens desta estrutura conceitual.