Abstract
O debate a respeito do modelo socioeconômico capitalista e socialista permanece ativo nas sociedades atuais. Os pressupostos de ambos se estabelecem como irreconciliáveis entre si. Tentativas de diálogo, entretanto, para efeito de orientação à vida política e social têm sido feitos. No interior dessa querela reside um ponto de investigação – estudo e pesquisa – para a filosofia social e filosofia política: em um cenário capitalista de forma de vida organizacional, de que modo o socialismo ainda pode responder satisfatoriamente aos ditames da razão capitalista bem como aos seus desdobramentos que causam tanto sofrimento social? Levando em consideração as assertivas supracitas, pretendo, neste artigo, explicitar, sob a perspectiva da pesquisa crítica (teoria crítica e filosofia social) o argumento honnethiano acerca do socialismo enquanto condição possível de se estabelecer como uma forma de vida democrática cujo fundamento se situa na efetividade da liberdade social (Soziale Freiheit).