Abstract
Érico Andrade em sua obra Negritude sem Identidade realiza uma análise profunda da temática da identidade, empregando ferramentas do discurso filosófico, da narrativa autobiográfica e da psicanálise. De forma crítica, aborda a tradição filosófica, não excluindo-a, mas utilizando-a para fundamentar sua posição. O autor destaca o conceito de branquitude, explorando o papel crucial da filosofia na sua construção e examina como a identidade negra foi moldada por um projeto da modernidade. Ele está completamente ciente de que o discurso filosófico, nesse contexto, contribui para a consolidação de um parâmetro de valor vinculado às identidades, com a brancura representando a humanidade, enquanto a negritude é relegada a um lugar de exclusão.