Abstract
A intenção deste ensaio é promover uma reflexão, sob o olhar das principais contribuições de ByungChul Han no empreendimento dialógico da Filosofia com o método desenvolvido pelos filósofos na modernidade, denominado de pornográfico. Para efetivarmos este objetivo o texto reflete sobre a liberdade de escolha e o processo de desenvolvimento na modernidade, buscando responder as seguintes indagações: Ao entregar aos indivíduos a responsabilidade por suas escolhas, seja ela racional ou social, não estaríamos produzindo uma nova forma de coerção, mas eficiente e duradoura, uma estratégia psicopolítica do liberalismo contemporâneo? Não estaríamos sendo introduzidos em uma servidão absoluta e voluntária? Se na dialética do senhor e do escravo, ser senhor significava apenas gozar e nunca desempenhar, agora surge uma nova era, onde o gozo somente é possível no ato de exercício deste desempenho e para isto precisamos estar sempre capacitados, incluído. Afinal, explorar o outro sem sua própria vontade não é tão eficiente quanto explorá-lo por sua própria escolha. A liberdade de escolha não seria uma astúcia da razão liberal?