Abstract
O retorno de Georg Lukács à Hungria ocorreu em dois momentos distintos: primeiro em 1918, após sua estadia na Alemanha, e depois em 1945, após seu exílio em Moscou. Esses dois retornos marcam diferentes fases de sua trajetória intelectual. O primeiro foi fortuito, enquanto o segundo resultou de uma decisão consciente, refletindo um desenvolvimento. Partindo dessa constatação, a análise que segue busca traçar os elos entre o exílio moscovita e o período subsequente, explorando as "tentativas de realização" que Lukács empreendeu na Hungria e as questões relacionadas com o surgimento da democracia popular no Leste Europeu.